
Com o modelo que a Honda tinha construído após os fracassos nas temporadas de 2007 e 2008 os ingleses da Brawn GP ergueram a cabeça e renasceram das cinzas como a Fênix. E não foi somente a equipe que renasceu, seus dois pilotos também. Dados como aposentados ou desempregados, Jenson Button e Rubens Barrichello ajudaram muito a Brawn na arrancada inicial que deu o título inédito a uma equipe estreante.
O feito inédito na Fórmula 1 realizado pela Brawn pode também ser atribuído a disputa do título de 2008. Focadas no campeonato do ano passado, McLaren e Ferrari atrasaram a construção dos carros deste ano e ficaram para trás.
Agora você fica com uma análise da temporada de cada equipe e piloto:
Brawn GP
Como citei acima, acabou aproveitando o chassi que a Honda construiu quando viu que 2008 não teria salvação. E apareceu bem já nos testes de pré-temporada desbancando McLaren, Ferrari e Red Bull. Os ingleses tiveram uma boa arrancada e ganharam quase tudo até o Grande Prêmio da Turquia, depois um declínio e um jejum de três corridas para o grupo que vencerá seis das sete etapas iniciais. Ross Brawn foi esperto quando percebeu que não tinha condições de vencer procurava pontuar. Tática que deu o primeiro título da Brawn.
Jenson Button: Foi arrasador no início da temporada dando as seis vitórias iniciais de sua “nova” equipe. E como sua equipe soube administrar a diferença aberta na primeira metade da temporada. Ele foi o símbolo de como a Brawn trabalhou em 2009, com cautela e precisão.
Rubens Barrichello:

Red Bull
Fez valer o fator Adrian Newey. Ele é o maior responsável pelo crescimento da equipe neste ano. Enquanto as outras equipes ficavam desesperadas que Brawn, Williams e Toyota tinham o tal difusor duplo, a Red Bull venceu na China sem tal peça. Na Inglaterra, Alemanha e Brasil ficou bem evidente a superioridade do carro dos touros vermelhos em relação aos adversários. Mas todo grande guerreiro tem um ponto fraco e o dos austríacos era o motor. O propulsor da Renault deixou Sebastian Vettel e Mark Webber no meio do caminho em algumas oportunidades. Fator determinante para a derrota para a Brawn.
Sebastian Vettel:

Mark Webber: Finalmente mostrou resultado com um carro muito bom. Na época de Jaguar e da Williams (quando tinha o apoio da BMW) não correspondeu à fama conquistada na Minardi. Terminou o campeonato em quarto e conquistou as suas primeiras vitórias na carreira, duas na Fórmula 1. Mesmo sendo macaco velho da categoria precisa ser mais honesto, quase perdeu a corrida da Alemanha por ter jogado o carro para cima de Barrichello na largada. Se o carro dele não estivesse o ajudando a passear pelo traçado de Nürburgring seguramente teria perdido a corrida pela punição que recebeu.
McLaren
Seguramente a terceira equipe do campeonato. Depois de um começo meio apagado e andando no meio do pelotão os ingleses viram no acidente de Felipe Massa a oportunidade de reverter à desvantagem para rival Ferrari. E com Lewis Hamilton e raramente com Heikki Kovalainen reverteu a situação e terminaram no terceiro posto do campeonato.

Heikki Kovalainen: Pouco tenho para falar dele. Novamente fez uma temporada fraca e tem o emprego a prêmio. Desde que saiu da GP2 e foi promovido para Fórmula 1 não teve desempenho correspondente na porta de entrada da principal categoria do automobilismo.
Ferrari
Carro ruim e novamente erros durante as corridas, mas eles não foram nada comparados aos erros na escolha do substituto de Felipe Massa depois do declínio de Michael Schumacher. Quando tudo foi para o brejo focou em 2010 e descartou qualquer possibilidade de ser campeã ou vice.
Felipe Massa:

Kimi Raikkonen: Nitidamente ficou na sombra de Massa só que teve ótima recuperação enquanto a equipe procurava um segundo piloto. Ocupou bem o cargo de primeiro piloto e venceu com folga na Bélgica. Poderia ter sido melhor se tivesse se espertado antes.
Luca Badoer: Um excelente test driver. O seu fraco desempenho nas duas corridas que disputou (Europa e Bélgica) foram suficientes para que não continuasse como substituto de Massa. Estava há pelo menos um ano parado e isso se refletiu no resultado final das corridas que disputou. Conseguiu se classificar em último nas duas corridas e terminou em 17º e 14º respectivamente. Nitidamente não teve adaptação ao fraco carro da Ferrari.
Giancarlo Fisichella: Estava vem na Force India e vinha de uma pole na Ferrari. Mas ele estava bem na Force India porque já conhecia o carro indiano, quando chegou a Ferrari definitivamente não teve como andar na frente com o carro italiano. Simplesmente não se adaptou. Já já falo dele na Force India.
Toyota
Posso dizer que a única atitude produtiva da montadora japonesa nesta temporada foi deixar Kamui Kobayashi correr em Abu Dhabi. Andou bem no início do ano, mas no resto do ano procurou chegar nos pontos e ainda faturou alguns pódios e terminou o campeonato de construtores na quinta posição.
Jarno Trulli: Teve uma boa segunda metade de temporada e terminou na frente do companheiro. Mas digo que fez o básico e em algumas corridas ainda abocanhou pódios. Não sei se permanece na Fórmula 1 após a saída da Toyota.
Timo Glock: Foi o piloto que fez o carro andar na primeira metade do ano e depois perdeu rendimento e foi regularmente ficando atrás de Jarno Trulli até bater em Suzuka. Erro dele como o próprio alemão admitiu aqui no Brasil. Ficou de fora das duas últimas etapas. Poderia pelo ter sido como no ano passado quando surpreendeu muita gente.
Kamui Kobayashi: Para mim, a revelação de 2009. Duas corridas excepcionais para quem pouco pegou no carro japonês. Não decepcionou e mostrou que a inexperiência não é sinônimo de mau desempenho.
BMW Sauber
Começaram muito bem a temporada e depois caíram de rendimento e largaram qualquer possibilidade de conquistar alguma coisa depois do anúncio de retirada. Mesmo assim terminaram algumas corridas na zona de pontuação. Agora é torcer para que pelo menos a Sauber retorne em 2010.
Nick Heidfeld: Serei breve com ele. Fez o básico.
Robert Kubica: Não conseguir fazer o carro alemão andar bem e acredito que fez menos do que poderia.
Renault
Escândalo e irregularidade. Pontos que marcaram a Renault em 2009. Quando marcaram a pole com Fernando Alonso na Hungria jogaram a corrida do bicampeão fora quando não prenderam direito a roda do espanhol. Justo no final de semana negro da Fórmula 1, no dia anterior Felipe Massa tinha ido para UTI por causa da mola que o atingiu no capacete e uma semana depois do acidente fatal que matou Henry Surtees que tinha sido atingido na cabeça por uma roda solta na pista, este na Fórmula 2.
Fernando Alonso: Também serei breve. Fez o básico também e apenas conduziu o carro francês que não poderia dar nada mais do que alguns pontos.
Nelsinho Piquet:

Romain Grosjean: Entrou como a solução dos problemas da Renault, mas teve um desempenho pior do que Nelsinho teve.
Force India
Vijay Mallya usou a cabeça e fez acordo com quem realmente achava interessante ter uma espécie de “equipe satélite”: a dupla McLaren e Mercedes. De cara parecia que tudo tinha sido péssimo porque os ingleses não iam nada bem. Mas conforme a McLaren melhorava os indianos melhoravam também e chegaram a primeira pole e aos primeiros pódios. Boa temporada.
Giancarlo Fisichella:

Adrian Sutil: Representou bem o time quando Fisichella já tinha ido para a Ferrari. Uma temporada em que ele pouco acrescentou.
Vitantonio Liuzzi: Substituiu Fisichella. Só isso mesmo, não fez mais nada.
Toro Rosso
De sensação na temporada de 2008 a lanterna em 2009. O time sem Gerard Berger e Sebastian Vettel não rendeu e deixou muito a desejar. Revelou Sebastien Buemi que não foi de todo ruim. E fizeram besteira ao chamar um piloto tão jovem quanto Jaime Alguersuari.
Sebastien Bourdais: Não fez absolutamente nada. Demissão merecida.
Sebastien Buemi: Não comprometeu e chegou aos seus primeiros pontos. Importante para um estreante. No ano que vem a tendência é que ele melhore.
Jaime Alguersuari: Também não comprometeu e foi pego no susto para ir para a Fórmula 1. O garoto ainda corria na World Series, categoria de base da Europa.
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