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Jules Bianchi no último final de semana dele na Fórmula 1 |
A reposta continua sendo positiva porque apesar das grandes perdas, temos muita alegria acompanhando e praticando o automobilismo. Se você que lê esse texto resolver perguntar para qualquer apaixonado quem proporcionou as maiores alegrias para os fãs do esporte à motor nos últimos anos uma das respostas com toda a certeza será Jules Bianchi.
"Ah! Mas estão falando isso porque ele morreu". Não! O francês estava no seleto grupo de pilotos que chamavam a atenção ainda nas categorias de base com corridas magnificas, disputas de título sensacionais e uma consistência rara de se ver em jovens pilotos, tanto que ele era a figura de maior importância na recente Acadêmia de Pilotos da Ferrari.
O talento de Jules Bianchi era indiscutível. Se esperava que o francês de 25 anos logo deveria sair da Marussia e rumar para a Ferrari onde o seu potencial poderia ser explorado em sua totalidade e um título poderia vir em breve. A estreia de Bianchi na Marussia - além de ser uma forma de abater as dívidas do time com a montadora - foi uma forma da Ferrari dar quilometragem para o jovem francês.
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Bianchi e a equipe Marussia comemorando os primeiros pontos |
Sou sincero que - se tivesse que saber disso - preferia saber da notícia da morte dele nove meses atrás do que somente agora. Por quê? Imagine o tamanho do sofrimento da família dele neste período, as esperanças alimentadas e todo o resto, antes Bianchi tivesse falecido naquele 05 de outubro do que no último 18 de julho. Essa espera gera um sofrimento gigantesco.
Digo para você que lê esse texto, não espero que aconteça uma revolução na busca pela segurança como aconteceu 21 anos atrás com as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. A Fórmula 1 introduziu o Virtual Safety-Car - que nada mais é que uma bandeira amarela em todo o circuito e os carros tem que andar em velocidade reduzida durante esse período -, mas ainda é pouco.
Sou a favor da introdução do canopy - cúpula de vidro que protegeria a cabeça dos pilotos e é sempre vista em aviões caça - nos fórmulas. Quem sabe com a morte de Bianchi as equipes resolvam mudar de idéia? O quê eu sei é que a Fórmula 1 precisa fazer mais pela segurança de suas estrelas, já que nada foi feito em 2009, no acidente de Felipe Massa na Hungria.
Agora, já passou da hora da Fórmula 1 voltar a ser a referência em segurança e propor uma mudança radical em seus carros para que episódios assim não se repitam mais.
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